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Comida japonesa, comunistas e homem chorão

Assim, eu não gosto de comida japonesa.

E sim, eu já comi todos os sushis, sashimis, temakis, rolls [é esse o nome certo, produção?] e coisas com alga e arroz e coisas de comida japonesa. Mas é ruim, eu como aquilo e tem o mesmo gosto de um pesqueiro.

Mas como você sabe qual o gosto de um pesqueiro, Isadora Moraes? Você usa drogas ou só tem um tipo de problema?

Vocês já pescaram? O lugar tem cheiro de peixe e terra, ou seja, comida japonesa. Eu gosto de peixe, A LOT, mas peixe que não vem enroladinho na alga, com aquele arroz papa nojinho e nem nem nem, sei la, com pelos dos mamilos de japoneses.

“Me dá o peitinho que preciso fazer um temaki”

Mas o pior não é a comida japonesa, é a comida japonesa estar na ~moda~. Agora todo mundo que é legal e descolado gosta de comida japonesa, se você tem entre 18 e 40 anos, e não gosta dessa porcaria, você sofre bullying. É, experimente um dia, na mesa do bar ou na rodinha de amigos, dizer que não gosta de comida japonesa… A reação será igual, ou pior, caso você chutasse um filhote de husky siberiano ou tacasse fogo na sua mãe: “O QUE? COMO VOCÊ DIZ ISSO? COMO NÃO GOSTA DE JAPONÊS? É A MELHOR COISA QUE JÁ INVENTARAM. VOCÊ TAMBÉM TEM PELO NA ORELHA? TEM 6 DEDOS NO PÉ ESQUERDO? Acho que não podemos mais ser amigos.”

“Por uma lei que obrigue a Isadora a gostar de comida japonesa”

E essa mania de chamar a comida de “japonês”? Tá, deve ser a versão curta de “vamos a um restaurante japonês?”, mas amigos, dizer “tá afim de comer um japonês?” remete a muitas interpretações, e como eu sou bem babaca sempre penso, no mínimo, em antropofagia: japonês hoje não, vamos de cubano porque acho que só comendo um que eu vou entender o comunismo.

“NINGUÉM VAI ME COMER HOJE NÃO”

E acho que toda essa situação explica o porque da Kiki não deixar eu tomar banho ou comer na casa dela, já que eu dormi lá essa semana, (ALO, KIKI, EU SEI QUE VOCÊ TÁ LENDO E EU DISSE QUE IA TE DENUNCIAR), porque aparentemente ela ama comida japonesa e não entra na cabeça dela que ela tem uma amiga que não gosta. (tá, exagerei. Não me odeie, Kiki).

Isso tudo me lembra: no trem de Osasco, essa semana, tinha um cara dizendo que não conseguia pegar mulher porque ele tem um Uno. Sabem aquele carro da Fiat, que agora tem o Novo e é todo bunis? Então. Eu gosto de Uno. Enfim, voltando: ele tava dizendo pro amigo que as muléres viam o carro e desistiam de ir pra casa com ele. Eu achei genial… Porque assim, homem é muito reclamão, né?

Se não tem carro, diz que não pega mulher porque não tem carro. Se tem um carro que não é novo/da moda/caro/sei la eu, diz que não pega por isso. Já vi caras com carros caros (eu não sei o nome porque eu to pouco ligando e não entendo de carros, um abs. Quando quiser uma aula sobre o metrô de SP, me liga) dizendo que não pegam direito também.

Assim, vou esclarecer, amigos: se você não pega mulher é porque ninguém quer te pegar. Tipo, você pode ser lindão, rico ou uma ótima pessoa, mas 1) se a mulher não quer, não vai rolar; 2) se a mulher não quer, não vai rolar; 3) se a mulher não quer, não vai rolar; ou 4) se a mulher não quer, não vai rolar.

Pessoalmente, eu prefiro um cara sem carro, que pegue o metrô na Sé às 7 da manhã todo dia, do que um cara que se o carro vai para a oficina precisa ligar pra mãe pra saber qual ônibus pegar pra chegar no trabalho.

“MÃÃÃE, DESCI NO PONTO ERRADO,VEM ME BUSCAR”

Não que um carro seja um ponto contra, né. Não to fazendo aula de direção à toa: mim gostar de carros, mas mim preferir andar em São Paulo de metrô, porque mim odiar trânsito. Não o tipo de “odeio trânsito, mas odeio mais me espremer no metrô lotado”, é do tipo que prefiro sentir a essência paulistana depois de 12 horas de trabalho a ficar parada no caraio do carro por horas.

Sei la, eu prefiro. Acho que nasci pra ser pobre. OU pra ser muito rica, já que eu não ligaria de ir trabalhar de helicóptero, né.

“Isa, quer uma carona no meu helicóptero muito foda e rápido?” Ai, Eike, não precisava, mas não quero fazer desfeita, né.

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Arquivado em Domingando, ME AMEM, Wait... What?